Antibiótico usado em galinhas mata 1500 pessoas por ano, na Europa
Um tipo de antibiótico que está sendo aplicado em galinhas criadas para consumo humano é culpado pela morte de mais de 280 pessoas por ano na Grã-Bretanha, segundo um recente estudo.
O antibiótico cefalosporina de terceira geração, que é aplicado em bilhões de galinhas para tratar infecções pela bactéria E.coli (Escherichia coli), resultou em várias linhagens de bactérias que são resistentes a tratamento quando transmitidas a humanos.
Cientistas publicaram suas descobertas no Jornal de Doenças Infecciosas e descreveram o número de mortes como “impressionante’. Eles acreditam que aproximadamente 1500 pessoas morrem por ano em toda a Europa em decorrência dessa contaminação.
Taxas de infecção de uma estirpe conhecida como G3CREC triplicaram em pessoas e animais entre 2007 e 2012.
Os dados estudados pelos cientistas vieram dos Países Baixos e levaram à conclusão de que houve 1318 mortes adicionais na Europa.
“Os números de mortes evitáveis e os custos de cuidados médicos para tratar o problema causado pelo uso desse medicamento são assustadores. Considerando estes fatores, o uso contínuo dessas drogas antimicrobiais deveria ser urgentemente examinado e interrompido, particularmente em aves, não só na Europa mas em todo o mundo’, alertam os cientistas.
Richard Young, assessor político da Soil Association, disse: “Essa é a primeira estimativa detalhada a emergir sobre as consequências à saúde humana do uso de antibióticos na agricultura europeia’, e acrescentou que “isso indica que muitas pessoas morrem de infecções resistentes devido ao excesso de confiança em antibióticos utilizados na criação intensiva de gado’.
As informações são do jornal Daily Mail, tratadas pela agência de notícias brasileira ANDA.