Ação do CRF-BA promove combate à violência contra a mulher
25 de novembro é o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher. Em apoio à data, o CRF-BA realizou uma ação no mês de novembro colocando outdoors em vários municípios da Bahia como forma de dar mais visibilidade ao combate à violência contra a mulher e à campanha Sinal Vermelho, que foi lançada dia 10 de junho deste ano por uma iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O objetivo da campanha Sinal Vermelho é incentivar denúncias de agressão por meio de um símbolo: ao desenhar um “X” na mão e exibi-lo ao farmacêutico ou ao atendente da farmácia. O CRF-BA apoia essa campanha e todas as outras iniciativas de proteção à mulher, pois uma sociedade justa e igualitária é o melhor para todos.
A campanha de outdoors foi veiculada nas cidades baianas: Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari, Juazeiro, Barreiras, Jequié, Teixeira de Freitas, Ilhéus, Itabuna, Jaguaquara, Senhor do Bonfim, Paulo Afonso, Irecê, Santo Antônio de Jesus, Cruz das Almas, Santo Amaro, Alagoinhas e Guanambi.
Saiba mais:
O Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher foi estabelecido no Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe realizado em Bogotá, Colômbia, em 1981, em homenagem às irmãs Mirabal. Em 1999, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), proclamou esta data como o ”Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher” a fim de estimular que governos e sociedade civil organizada nacionais e internacionais realizem eventos anuais como necessidade de extinguir a violência, considerado um dos grandes desafios na área dos direitos humanos.
De acordo com o Mapa da Violência 2015, após o sansão da Lei Maria da Penha em 2006, até o ano de 2013 houve uma diminuição de 2,6% do número de homicídios. No mesmo período, Roraima foi o estado que apresentou taxas elevadas no número de homicídios (131,1%). Porém, o tema tem alcançado visibilidade diante da mídia, notícias de homicídios praticados por parceiros e ex-parceiros das vítimas ganham destaque nos jornais.
A mulher negra, segundo o Mapa da Violência 2015, é a principal vítima da violência, com o maior número de homicídios. Em 2003, 1.864 negras foram assassinadas, em 2013 esse número saltou para 2.875 vítimas. São vítimas mulheres entre 18 e 30 anos de idade, 48,8% por arma de fogo. As mortes em domicílio representam 27,1%. Entre mulheres jovens e adultas, o principal agressor é o parceiro ou ex-parceiro. Os tipos de violência variam entre física, psicológica, tortura, sexual, tráfico de seres humanos e outros, 48,7% dos atendimentos de saúde são por violência física.
A campanha mundial de combate à violência contra as mulheres se estende até o dia 10 de dezembro, o “Dia Internacional dos Direitos Humanos”.