CFF propõe pacto contra a empurroterapia
Confira abaixo a nota do CFF em relação a reportagem da edição deste domingo, 16/05, do programa Fantástico, da Rede Globo, que expôs o grave problema da empurroterapia. O CRF-BA compartilha do posicionamento da Instituição e reforça a importância do combate a esse problema.
CFF propõe pacto contra a empurroterapia
Em reportagem na edição deste domingo, 16/05, o programa Fantástico, da Rede Globo, expôs o grave problema da empurroterapia.
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) tem travado uma luta histórica contra essa prática, muito antes da CPI do Medicamento, há 20 anos, que já abordava o tema. A última e importante conquista contra essa conjuntura cultural e de mercado foi a aprovação da Lei 13.021/2014, que reclassificou as farmácias como estabelecimentos de saúde, reiterou a autoridade técnica do farmacêutico dentro destes estabelecimentos e imputou proprietários de farmácias a obrigação solidária da promoção do uso racional de medicamentos.
O CFF propõe um pacto contra a empurroterapia e buscará o apoio da sociedade e do Congresso Nacional contra as propostas que podem agravar os problemas apresentados na reportagem citada, como a da instituição da figura do farmacêutico remoto e a da venda de medicamentos fora das farmácias.
Manteremos nossas ações em favor daqueles projetos e medidas que possam contribuir para a redução da banalização no uso de medicamentos, como as tratativas com a Anvisa pela revisão da autorização da oferta de medicamentos de venda livre para além do balcão, o reforço da autonomia e da autoridade técnica do farmacêutico como profissional da saúde nas farmácias e a discussão com os gestores sobre um modelo de farmácia baseado em serviços, sustentável, rentável e ético.
Alertamos que o Código de Ética Farmacêutica veda, qualquer conduta ou participação em atividade que vise favorecer interesses econômicos em detrimento do bem-estar e da saúde do paciente. E salientamos que farmacêuticos têm responsabilidade ética, legal e sanitária de coibir qualquer atividade em desacordo com as boas práticas que regem o uso seguro e racional de medicamentos.
Aos cidadãos, o conselho reforça a imagem do farmacêutico como profissional do cuidado à saúde e orienta a busca de profissionais de confiança para auxiliá-los, visando ao melhor resultado possível em seus tratamentos.