A Dra. Juliana Venet Paraíso tomou a decisão ousada de empreender durante a pandemia de Covid-19
Graduada em Farmácia pelo Centro Universitário Estácio da Bahia, em 2016, a Dra. Juliana Amorim Venet Paraíso, colocou em prática o projeto de empreender bem no meio da pandemia de COVID-19, ao inaugurar a Farmácia do Bairro, em dezembro de 2020.
Claro que, segundo a farmacêutica, as dúvidas em relação ao momento para investir no próprio negócio, localizado no Bairro Novo, município de Camaçari, em um momento tão cheio de incertezas, não foram poucas. Mas é sempre bom lembrar que quem realiza um sonho, conquista uma vitória.
Confira na entrevista abaixo, como a Dra. Juliana superou as dúvidas e tornou seu projeto de empreender em uma realidade.
Você sempre quis fazer o curso de Farmácia?
R: Sim. Iniciei o curso de Farmácia aos 17 anos e sou apaixonada pela profissão.
Como surgiu a ideia de empreender na área?
R: Meu sonho era ter meu próprio negócio. Vi a oportunidade dentro da profissão farmacêutica.
Por que uma farmácia comunitária?
R: A farmácia comunitária foi meu primeiro contato dentro da profissão farmacêutica. Simplesmente me apaixonei pela minha área de atuação. Gosto de oferecer ao meu paciente/cliente um atendimento humanizado. Cuidar de perto das pessoas é uma missão de vida.
Seu estabelecimento entrou em atividade bem no período de pandemia. Teve algum receio ou dúvida em relação a isso? Por exemplo, se o momento era mesmo ideal?
Sim. Como todo empreendedor, tive medo de arriscar, principalmente, quando nosso capital é curto e qualquer falha pode ser fatal. Mas com fé e determinação, conseguimos realizar nossos sonhos.
Fora a questão da pandemia, qual foi a sua maior dificuldade como empreendedora, até hoje?
R: Sem dúvidas a pandemia representou a minha maior dificuldade. Fazer a farmácia chegar até as pessoas não foi fácil. Naquele momento os estabelecimentos vizinhos estavam fechados e poucas pessoas circulavam pelo centro comercial. Além disso, iniciei meu negócio com poucos recursos financeiros. Abastecer a farmácia no primeiro mês foi uma tarefa complicada.
De que forma você acredita poder fazer a diferença para a sociedade na profissão que escolheu?
R: A presença de um profissional farmacêutico é de suma importância dentro da farmácia comunitária. Muitas vezes evitei erros de posologia e a automedicação. Vale ressaltar que até os MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição) necessitam de orientação.
O que você considera que poderia ser feito para motivar mais farmacêuticos a empreenderem?
R: Cursos e palestras falando de empreendedorismo farmacêutico. Saímos da faculdade sem muito conhecimento na área, por se tratar de um curso generalista, fica difícil ter um conhecimento mais abrangente.
Qual conselho você daria para um farmacêutico que quisesse começar a empreender na área que escolheu para atuar?
R: Empreender não é uma tarefa fácil. Mas ser farmacêutico já é meio caminho andado. O conhecimento na área conta muito, basta acreditar.