O Dr. Iuri Dias descobriu, ainda adolescente, que queria se tornar farmacêutico
O Dr. Iuri Rodrigues Dias é um exemplo de empreendedor que busca sempre se manter atualizado para conseguir administrar seu negócio com eficiência e garantir a satisfação dos seus clientes/pacientes.
Graduado em Farmácia pela FTC da cidade de Itabuna, ele é proprietário, há 15 anos, da Farmácia Santana, que fica no bairro Santa Rita de Cássia, em Itajuípe, cidade distante 211 quilômetros de Salvador.
Para o farmacêutico, a decisão de ter uma empresa em uma cidade interior, onde afirma existir poucas oportunidades para um jovem empreendedor, trouxe um desafio extra, mas que nunca o desmotivou. Pelo contrário, isso fez com ele se dedicasse ainda mais ao seu propósito.
Acompanhe abaixo a entrevista com o Dr. Iuri Rodrigues Dias.
Você sempre quis fazer o curso de Farmácia?
R: Comecei a trabalhar na farmácia de meu tio, na cidade de Irecê, quando eu tinha apenas 16 anos. A princípio, era apenas uma oportunidade em ser remunerado. Porém, no desenvolvimento do meu trabalho percebi a necessidade de estar preparado para prestar de forma adequada o atendimento aos clientes, podendo contribuir com uma assistência farmacêutica correta e promover a preservação da saúde na farmácia comunitária. Isto me levou a ingressar no curso de Farmácia.
Como surgiu o desejo de ter uma farmácia comunitária?
R: Quando eu ainda era balconista, quis associar minha vocação na área da saúde e o desejo de empreender nesta área, que era carente de bons profissionais.
Alguém em especial influenciou você para se tornar empreendedor nesse segmento?
R: Sim. Como mencionei, meu tio já possuía uma farmácia e foi assim que descobrir minha paixão pela profissão. Mais tarde, trabalhei por um tempo em uma empresa, a Augefarma, que atua em todo o Nordeste, com polo no Ceará. Nessa empresa, aprendi muitas coisas sobre empreender no segmento de farmácia independente, contribuindo assim para o que busco hoje, em meu estabelecimento.
A pandemia trouxe algum temor específico para você em relação ao seu negócio?
R: A princípio, fiquei receoso, pois estava vivendo um panorama que nunca havia visto. Muitas incertezas por conta da doença e sobre como ficariam os negócios. Porém, essa situação me fez buscar alternativas e surgiu em meio à crise a oportunidade de pôr em prática mais rapidamente o que antes estava apenas planejando. Desenvolvemos um aplicativo de delivery gratuito, onde o cliente pode fazer suas compras, acessar informações sobre dicas de saúde e também fazer o envio de receituários, caso possuam dúvidas. Além disso, criei a campanha “Show de Prêmios da Farmácia Santana”, onde a cada três meses sorteamos, entre nossos clientes, um prêmio no intuito de agradecer e tentar retribuir o carinho que é dado a nós.
Qual o maior problema que enfrentou até o momento, fora a pandemia, para empreender?
R: Já existiram alguns obstáculos ao longo desses 15 anos que tenho meu próprio negócio. O primeiro que tive foi em relação a empreender em uma cidade pequena, onde existiam poucas oportunidades para um jovem empresário. Então, tive que conquistar cada cliente com dedicação no atendimento e sempre buscar os melhores produtos e valores. Me dediquei aos estudos para, assim, conquistar meu espaço e merecer a confiança dos pacientes/clientes. Sem falar nos altos impostos, pouco incentivos para as pequenas empresas e a sazonalidade do comércio.
De que forma acredita poder fazer a diferença para a sociedade na área de atuação que escolheu?
R: Com certeza é necessário dedicação e olhar de maneira humana para cada pessoa que me procura. Sou um empresário farmacêutico e preciso prestar um atendimento para promover a saúde das pessoas. Não posso vender um medicamento visando apenas o lucro da minha empresa.
O que você considera que poderia ser feito para motivar os farmacêuticos a empreenderem mais?
R: Durante minha formação acadêmica percebi poucas horas na grade curricular em estágio voltado para a farmácia comunitária. Isso, com certeza ajudaria e acrescentaria mais afinidade na área comercial, pois, muitas vezes, o farmacêutico conclui a sua graduação com conhecimento na parte teórica e não preparado na prática da vivência de uma farmácia comunitária.
Qual conselho você daria para um farmacêutico que quisesse começar a empreender na área que escolheu para atuar?
R: Coragem e persistência. O caminho não é fácil, mas se você possui um objetivo, isso já é motivo para seguir em frente. Dificuldades são encontradas em todos os tipos de negócio, porém, com esforço e estudo você realizará seus projetos. Eu procuro me atualizar constantemente, fazendo cursos de especialização, pois sei que todos os dias surgem novidades e preciso empreender sempre mais.