Prescrição farmacêutica é tema de palestra realizada na FG
Desde a publicação da resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que prevê que farmacêuticos podem prescrever medicamentos que não necessitem de receita médica, o tema vem sendo discutido pelos profissionais ligados à saúde em todo Brasil.
Álan Brito, conselheiro do CRF, defendeu a legitimidade da prescrição farmacêutica. Fonte: Ascom Faculdade Guanambi.
Na noite da última segunda-feira (7), o colegiado do curso de Farmácia da Faculdade Guanambi recebeu Álan Brito, farmacêutico e conselheiro do Conselho Regional de Farmácia da Bahia, que abordou o tema num encontro entre estudantes de Farmácia e farmacêuticos de Guanambi e região.
Brito falou sobre a regulamentação da profissão, destacando a importância do CFF na luta pelos interesses da categoria, como a obrigatoriedade da presença do farmacêutico em drogarias e farmácias. “Hoje, graças ao trabalho do Conselho, não temos mais técnicos como responsáveis por farmácias no Brasil”, disse.
Segundo Álan Brito, a partir da publicação da resolução do CFF, faz parte das atribuições clínicas do farmacêutico “prescrever, conforme legislação específica, no âmbito de sua competência profissional”. Além de poder prescrever medicamentos que dispensem receita médica, o farmacêutico também pode indicar plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos.
A resolução também reforça o papel do farmacêutico nos cuidados à saúde do paciente e determina que é função deste profissional participar de discussões de casos clínicos de forma integrada com os demais membros da equipe de saúde. “O CFF deu ao farmacêutico o direito de documentar o que já acontece na prática. O Conselho não obriga a prescrição, apenas dá legitimidade para que o profissional o faça”, afirmou Brito.
Farmacêuticos e alunos do curso de Farmácia lotaram o auditório da Faculdade Guanambi. Fonte: Ascom Faculdade Guanambi.
De acordo com o CFF, o farmacêutico clínico visa proporcionar cuidado ao paciente, família e comunidade de forma a promover o uso racional de medicamentos, e otimizar a farmacoterapia. Para Brito, “o profissional precisa ter uma formação continuada, buscando aprimorar constantemente sua prática, no sentido de valorizar a profissão e garantir segurança a quem recebe a medicação”.
Associação de Farmacêuticos em Guanambi – Álan Brito destacou, ainda, a importância da criação da Associação de Farmacêuticos de Guanambi, com o objetivo de atuar em defesa dos interesses dos farmacêuticos da região. O conselheiro colocou-se à disposição para auxiliar na organização da entidade.
A coordenadora do curso de Farmácia da FG, Profa. Dra. Blície Balisa Rocha, destacou a necessidade da aproximação da FG com os farmacêuticos que atuam em Guanambi. “É preciso estreitar os laços e aproximar o conhecimento que é produzido no âmbito acadêmico da prática profissional”, afirmou. O encontro também contou com as presenças da Moazilia Moreira e Lorena Almeida, fiscais do Conselho Regional de Farmácia.
Fonte: Ascom Faculdade Guanambi.