Farmacêuticos que atuam em farmácias municipais de Salvador discutiram responsabilidade profissional, entre outros temas, com as representações do CRF-BA, Sindifarma e Fenafar
Foi realizada, no dia 14 de julho, ontem, na sede do conselho, uma reunião convocada pelo CRF-BA para tratar sobre a fiscalização em farmácias municipais de Salvador. O presidente do CRF-BA, Dr. Mário Martinelli Júnior, coordenou a atividade que contou com a participação do presidente do Sindifarma, Dr. Magno Luiz Silveira, da representante da Fenafar, Dra. Eliane Simões, do representante da coordenação de Assistência Farmacêutica de Salvador, Dr. Sandro Roberto Monteiro de Souza, e farmacêuticos das unidades públicas municipais de Salvador.
A regularização das farmácias municipais de Salvador foi o tema principal discutido na noite de ontem. A coordenadora da fiscalização, Dra. Moazélia Monteiro, falou da fiscalização realizada no início do ano que constatou a necessidade de contratação de mais farmacêuticos para ocuparem as unidades públicas do município de Salvador.
“Os gestores precisam informar ao conselho que tem um profissional como responsável. A partir da deliberação nº 214, do CRF-BA, os estabelecimentos públicos passaram a ser fiscalizados e devem estar regularizados.”
O Dr. Mário Martinelli Junior destaca que a Assistência Farmacêutica é uma atuação que cresce no país. “Farmacêuticos não podem mais ficar dispensando e pegando medicamentos nas prateleiras e distribuindo ao paciente. Estamos em outro patamar, discutindo os serviços farmacêuticos e oferecendo uma qualidade de trabalho melhor ao paciente. Assim, os nossos serviços são relevantes e necessários em qualquer estabelecimento de saúde.”
Para o presidente do Sindifarma, Dr. Magno Luiz Silveira, as denúncias, que o sindicato recebeu, foram importantes para tratar da situação nos estabelecimentos públicos municipais de Salvador.
“Existia a indagação: porque as farmácias privadas eram fiscalizadas e as públicas não eram? Além dessa denúncia, outras também chegaram ao sindicato, como a situação do farmacêutico distrital ser o responsável por todo o distrito e não estar presente na ponta do atendimento, mas ser o responsável. Essa e outras situações serão tratadas pelo sindicato a partir da regularização da OIT. Momento que será possível que o Sindifarma participe da mesa de negociação com o ente público”.
A representante da Fenafar, Dra. Eliane Simões, falou da responsabilidade social que cabe ao profissional em tratar a população. “A Assistência Farmacêutica é uma política de saúde. Então, não pode ser tratada de forma desarticulada, desintegrada do contexto de saúde. Por isso que estamos aqui discutindo.”
Para o representante da coordenação de Assistência Farmacêutica do município de Salvador, Dr. Sandro Roberto Monteiro de Souza, a gestão tem procurado melhorar todos os aspectos relacionados com a estrutura e a Assistência Farmacêutica. “Quando chegamos ao município nos deparamos com uma situação calamitosa: a questão de comprar e distribuir medicamentos. Essa dicotomia precisava acabar e no primeiro momento atacamos a questão da falta de medicamento”.
Várias propostas foram discutidas e serão encaminhadas, em relatório, cobrando resolução ao gestor municipal de Salvador.



