Já existem estudos para que a aplicação de insulina em pacientes através do remédio transdérmico, administrado por aplicações diretas ou por adesivos, substituindo as agulhas. O tratamento de tumores também pode ser beneficiado.

A nanociência  passou a alvo de estudos em pesquisas envolvendo novos medicamentos para tratamento de diabetes, dores crônicas, náuseas, hipertensão e anticoncepcionais, por exemplo.

Este tipo de tecnologia permitirá que pacientes não tenham mais que ingerir comprimidos ou tomar injeções. Já estão à venda os remédios transdérmicos, administrados por aplicações diretas ou por adesivos que liberam a substância de modo constante. Dentre suas principais vantagens, está a de eliminar ou reduzir os efeitos colaterais.

 

“Em pouco tempo não vamos precisar tomar mais nada por via oral. No futuro todos os medicamentos serão transdérmicos”, explica o professor de biotecnologia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Marco Botelho. “Quando a pessoa estiver com dor de cabeça, vai passar o medicamento na têmpora e a dor vai melhorar”.

Botelho explica que já existem estudos para que a aplicação de insulina em pacientes através do remédio transdérmico, substituindo as agulhas. O tratamento de tumores também pode ser beneficiado, com o uso de medicamentos inteligentes, em doses muito menores, que reconhecem e atacam diretamente o tecido doente.

Estudo brasileiro

Estes avanços também abriu caminho para os nanocosméticos. O setor empresarial já oferece produtos de preenchimento de rugas através de micropartículas de rejuvenescimento, protetor solar mais potente e maquiagem com brilho diferenciado.

A Agência Brasileira de Inovação tem em curso, uma chamada pública no valor de R$ 30 milhões para poder desenvolver os produtos ou fazer processos inovadores. O edital voltado para a nanotecnologia prevê R$ 8 milhões em pesquisas na área higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.

O Brasil está em segundo lugar num ranking de países que mais consomem produtos cosméticos e de higiene pessoal. No país, o grupo Boticário investe 2,5% de seu faturamento anual em pesquisas na área de nanotecnologia. A empresa realiza estudos sobre o setor desde 2002.

Com informações da Agência Brasil